Na última noite, tive mais um sonho com a minha mãe. Desta vez, ela atendia aos meus pedidos e retornava, me perguntando se eu estava feliz com a sua volta. Eu, de tão feliz, não tinha palavras para expressar como me sentia bem com ela ao meu lado. Acariciava seu rosto e ria bobamente. Escutava sua voz sem acreditar que aquilo estava acontecendo novamente. Depois, passeávamos alegremente pelas ruas da cidade, como fizemos tantas vezes. Então eu acordei e voltei para o pesadelo da vida.
O tempo passa e, ao contrário do que as pessoas dizem, o sofrimento não passa, nem ameiza, só aumenta. O que acontece é que a gente aprende a construir “reservatórios” na vida, isolando do mundo todo o sofrimento que a alma traz e vestindo uma fantasia de que a vida tem e pode continuar sendo vivida dentro das formalidades que ela exige e sendo relativamente “feliz”.
Bom dia, Boa tarde. Boa noite. Como vai? Tudo bem. E as novidades? Tudo na mesma. Já ouviu esta notícia? Vamos fazer isso? Já leu este livro? É preciso fazer este trabalho. É preciso lidar com este conflito. É preciso controlar as emoções. É preciso administrar a vida, até onde é possível. É preciso aprender que não somos nada...
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