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A Magia do Espelho: A danada da TPM

A Magia do Espelho

Espaço para devaneios, reflexões, desabafos, dicas culturais e otras cositas más

A danada da TPM

Coisa chata é ter TPM (Tensão Pré-Menstrual), ainda mais quando é em dobro, por causa da TPM (Tensão Pré-Monografia) que quase todo estudante tem antes de se formar!
Um dia você acorda com uma ansiedade terrível, um mau-humor daqueles e a paciência... O que é isso mesmo, hein?! Nesses dias você se sente como aqueles monstros de filmes de terror mais antigos que eram enormes e pisavam em cima de prédios, pessoas, e quem ou o que se colocasse à sua frente. Você não tem paciência pra nada! Parece que tudo está diferente e que o mundo conspira contra você.
Esperar um minuto para que o cara da xérox responda à sua pergunta já deixa você com o sangue fervendo e quando ele lhe diz que não vai poder tirar a cópia do material que você precisa para assistir a aula que já começou há mais de meia hora, você tem vontade de pular o balcão e esganá-lo bem devagar só pra ver a cara que ele vai fazer.
Mas você é uma dama, não pode sair do salto por pouca coisa. Então, você respira fundo, e, muito calmamente, pergunta qual a solução para o seu problema, uma vez que você já vai chegar atrasada para a aula e não pode ir sem o material. Nesse momento, você fica feliz por terem inventado os óculos escuros, pois assim você pode disfarçar o olhar fulminante que está lançando para o pobre infeliz que nem imagina estar lidando com uma mulher com TPM, um ser de alta periculosidade.
Ele sugere que você leve o material para copiar em outra loja, mas deixe um documento para comprovar que vai devolver o material, aí você tem mais vontade ainda de matá-lo! Como se você fosse se sujar para “roubar” a porcaria de uma cópia que não vale nem dois reais. Tudo bem, são normas do local. Você finge que não ouve, mas, mecanicamente, faz o que a criatura pediu.
Finalmente, você consegue tirar a tal da cópia e capricha na cara-de-pau para entrar na aula que já começou há quase uma hora. Dá aquele sorrisinho básico e finge não perceber que o professor lhe detesta só porque você quase não aparece na aula dele e quando vai ainda chega atrasada.
A aula é linda! A pauta de mais uma entrevista coletiva vai ser discutida. Até emociona ver as pessoas tão “unidas” querendo fazer o melhor. Mas quando é mesmo que as pessoas vão ser mais objetivas e deixar de falar sobre o que já leram e discutiram?
Como sempre, aquele seu colega com comentários maravilhosos insiste em chamar a atenção para si, mas você não tá com muita paciência, sabe?! Mais uma vez, você respira fundo, lembra que você é uma pessoa bem educada e deve ser simpática e paciente, ou pelo menos tentar ser. E ele persiste nos comentários, você vira o rosto para a amiga ao lado e insiste para ela dar andamento à discussão de pauta. Olha para o relógio e torce para que o tempo passe mais rápido.
“Que alívio!”. O professor avisa que vai precisar sair mais cedo da aula. “Ai, ai”. Você até fica mais leve, consegue sorrir de verdade, pois vai dar tempo de jogar uma conversa fora com os amigos e tentar relaxar um pouco antes da próxima aula.
Mais calma e com toda boa vontade do mundo, você vai para a aula seguinte. O professor se atrasa um pouco, mas finalmente chega. “Oba! A aula vai começar logo e pode ser que termine mais cedo”, você pensa. Sonha, Alice, que os sonhos ainda são de graça.
O professor vai sentar no fundo da sala, pois alguns alunos vão apresentar seminários, e começa a conversar com outras alunas. Aliás, as mulheres mais tagarelas que você já conheceu em toda a sua vida. Não conseguem calar a boca um minuto e quando todas começam a conversar o barulho fica mil vezes pior que o de feira. “Lá, lá, lá, lá, lá... não estou ouvindo nada!”. Depois de meia hora, o professor decide começar a aula e, pacientemente, ainda que só de corpo presente, você assiste aos deliciosos seminários apresentados por pessoas que quase sempre não sabem o que estão falando.
Fim de aula. “Uhuuuu!”. Vamos para casa descansar. Como ainda não inventaram o teletransporte, você agüenta firmemente uma hora de viagem em ônibus agradabilíssimos, confortáveis, cheios de gente bonita, interessante e cheirosa, até chegar em casa.
“Obaaa!!! Casinha! Banhozinho! Caminha! Iupiiiii!!!”. Então você decide entrar na Internet e conversar um pouco com seus amados amigos, pessoas legais e de quem você gosta muito. “Mas por que justamente hoje eles estão demorando tanto pra responder?”. “Paciência, paciência. Não é com eles, é com você”.
Aí você reflete que é melhor não conversar tanto no estado emocional em que se encontra. Despede-se dos amigos e vai finalmente ter uma bela noite com aquele deus grego: Morfeu, que vai te presentear com bons sonhos e renovar suas esperanças de acordar bem melhor e livre dessa tal de TPM, pelo menos da que acontece uma vez por mês.

4 comentários:

Si Faustino 13 de junho de 2007 às 22:24  

Aiiiin,

Adoro blogs. Layouts, idéias, tudo é um ingrdiente. Linha por linha, saborear as palavrinhas. É uma antropofagia mais delicada. E comer a Dháfine é sempre melhor que comer Caetano!

rsrsrs

Abraços! =)

salamandra mágica 14 de junho de 2007 às 11:36  

"Mas você é uma dama, não pode sair do salto por pouca coisa."
Somos divas, meu bem! Mas só ás vezes...:p
Assim, qq dia desses o salto quebra e a gente vai ser dar o luxo de esganar o pescoço do infeliz q se posta no nosso caminho XD
Tem dias q o melhor mesmo é ficar em casa! Ah, como a gente se parece ;p
Beijo, amiga linda :*****

Camila Grangeiro 14 de junho de 2007 às 11:48  

amiga, se não fosse trágico seria cômico. hehehehe!!! adorei seu texto, me senti contemplada nos meus momentos de insanidade durante a TPM. bjinho

Si Faustino 14 de junho de 2007 às 21:19  

Tem letrinhas novas no blog, Fiona.

E quero ver mais por aqui. =)



"Desenha-me um carneiro?", disse Le Petit Prince.

Vale a pena ler de novo

  • A lição final
  • A sangue frio
  • Crônicas de Nárnia
  • George e o segredo do Universo
  • O caçador de pipas
  • O Pequeno Príncipe

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